Pecuária – Gôndola vazia e China empurram a arroba para cima
Saiba por que os preços da arroba começam a reagir em muitas praças pecuárias e qual tem sido a posição dos produtores

Os preços do boi gordo voltaram subiram nesta quinta-feira, refletindo sobretudo a decisão estratégica dos pecuaristas, de segurar os animais nas fazendas à espera de mais valorizações.
Essa pressão altista, incentivada pela posição mais cautelosa dos produtores, ficou ainda mais forte diante da baixa escala dos frigoríficos e das notícias de que a China, finalmente, voltou a ativar as compras de proteínas pelo mundo, após o maior controle local da pandemia do coronavírus. No caso baixa escala na indústria, ela é consequência da enorme escassez de oferta de boiadas prontas.
“Os altos custos da reposição e a boa qualidade do pasto são incentivos para que os pecuaristas retenham os animais terminados nas propriedades, o que contribuiu para o aumento nos preços do boi gordo”, destaca a Informa Economics FNP.
Nesta quinta-feira, os avanços mais significativos da arroba foram verificados nas regiões Centro-Oeste e Norte do País, de acordo com dados da FNP. Durante o dia de hoje, o valor do boi gordo subiu entre R$ 2/ e até 5/@), dependendo da região. A FNP registrou aumentos diários em Dourados (MS), Campo Grande (MS), Três Lagoas (MS), Cáceres (MT), Tangará (MT), Cuiabá (MT), Goiânia (GO), Paragominas (PA) e Cocoal (RO).
Carne bovina em alta
O consistente volume de vendas de carne bovina no varejo também tem contribuído para o aumento do apetite comprador dos frigoríficos. Segundo a FNP, ao longo da semana, as preocupações com a crise de COVID-19 e a imposição da quarentena nos Estados do Rio de Janeiro e São Paulo levaram muitos consumidores às compras, elevando a demanda pela carne bovina e, consequentemente, os preços dos principais cortes.
“A necessidade de reposição da carne vermelha nas gôndolas do varejo deu e para ajustes positivos nos preços do proteína”, ressalta a FNP. Porém, na visão da consultoria, os ajustes positivos no mercado físico do boi gordo “só foram possíveis diante de ree de custos ao atacado”.
Acompanhe as cotações desta quinta-feira do boi gordo, nas principais regiões do Brasil, de acordo com a FNP:
SP-Noroeste: R$ 200/@ a (prazo)
MS-Dourados: R$ 185/@ (à vista)
MS-C. Grande: R$ 187/@ (prazo)
MS-Três Lagoas: R$ 186/@ (prazo)
MT-Cáceres: R$ 172/@ (prazo)
MT-Tangará: R$ 172/@ (prazo)
MT-B. Garças: R$ 172/@ (prazo)
MT-Cuiabá: R$ 167/@ (à vista)
MT-Colíder: R$ 163/@ (à vista)
GO-Goiânia: R$ 185/@ (prazo)
GO-Sul: R$ 182/@ (prazo)
PR-Maringá: R$ 192/@ (à vista)
MG-Triângulo: R$ 182/@ (prazo)
MG-B.H.: R$ 182/@ (prazo)
BA-F. Santana: R$ 182/@ (à vista)
RS-P.Alegre: R$ 192/@ (à vista)
RS-Fronteira: R$ 189/@ (à vista)
PA-Marabá: R$ 187/@ (prazo)
PA-Redenção: R$ 185/@ (à vista)
PA-Paragominas: R$ 188/@ (prazo)
TO-Araguaína: R$ 179/@ (prazo)
TO-Gurupi: R$ 177/@ (à vista)
RO-Cacoal: R$ 165/@ (à vista)
RJ-Campos: R$ 182/@ (prazo)
MA-Açailândia: R$ 174/@ (à vista)