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Sou Agro – Próxima semana promete mais altas no mercado do boi gordo

Consultorias trabalham com previsão de alta para arroba na semana seguinte à comemoração do Dias dos Pais, impulsionada pela baixa oferta de boiadas e aquecimento dos embarques de carne bovina

Durante esta semana, os preços do boi gordo continuaram em trajetória de alta na maior parte das regiões pecuárias do Brasil, informa a IHS Markit. “Os ajustes positivos são resultado do descomo entre oferta e demanda, já que, em um momento de recuperação das vendas de carne bovina no mercado doméstico, além da manutenção do ritmo aquecido das exportações, a oferta de animais disponíveis não é suficiente para atender os compromissos de abate das indústrias”, justifica a consultoria paulista.

A recuperação parcial do consumo interno de proteínas se deve sobretudo à entrada de massa salarial de parte da população na virada do mês abertura gradual das atividades em alguns centros urbanos, além das comemorações de Dia dos Pais neste domingo.

A quantidade restrita de boiadas gordas é reflexo do período de entressafra de animais terminados no pasto, além do aumento do abate de fêmeas em anos anteriores, quando a atividade de cria estava pouco atrativa. O problema de falta de animais prontos para abate foi intensificado pelo momento de incerteza gerado pela pandemia da Covid-19, quando, em março, muitos produtores tomavam a decisão de não investir no confinamento

Neste contexto, em meio a dificuldade de compra de matéria prima, o aumento na procura pela boiada gorda promoveu fortes ajustes positivos e as cotações da arroba chegaram a patamares máximos acima de R$ 200 em todas as principais praças pesquisadas pela IHS Markit – com exceção para Colíder-MT, onde a boiada gorda vale R$ 195/@, à vista.

Na avaliação da consultoria, é possível que ocorra um aumento de oferta de animais terminados apenas no final de agosto e início de setembro, com a entrada tardia de lotes oriundos do primeiro giro de confinamento. Nos contratos a termo negociados na B3, segundo informa a IHS Markit, os indicadores de setembro e outubro fecharam o dia de ontem em R$ 224,50/@, abaixo das máximas semanais negociadas em SP no mercado físico.

Ainda de acordo com a consultoria, a dificuldade dos frigoríficos em preencher as programações de abate é demonstrada pelas escalas, que atendem, em média, quatro dias – em algumas praças, estão encurtadas em apenas um ou dois dias.

Ao longo da próxima semana, prevê a IHS Markit, as expectativas apontam para consumo de proteínas mais ativo nos grandes centros urbanos, favorecendo o escoamento dos cortes bovinos para os atacados. “Este cenário pode impulsionar ainda mais o ritmo dos abates nas plantas frigoríficas”, destaca a consultoria, acrescentando que a “tendência é de que as cotações da boiada gorda continuem em alta no Brasil ao longo da primeira metade de agosto”.

Além das perspectivas para o mercado doméstico, o desempenho da carne brasileira no mercado internacional segue bastante positivo, impulsionada pelo firme apetite dos países asiáticos, principalmente a China. Em julho, as exportações de carne bovina “in natura” atingiram um recorde para o mês e o segundo maior volume na série histórica, atrás apenas do resultado obtido em outubro de 2019. “Além da presença ativa do principal parceiro comercial do Brasil, a China, a desvalorização do real frente ao dólar aumenta a competitividade da carne brasileira e tem sustentado o ritmo dos embarques”, avalia a IHS.

Preço da carne também em alta

No atacado, os preços da ponta de agulha e do traseiro de boi subiram nesta sexta-feira para R$ 13,5/kg e R$ 16/kg, respectivamente, informa a IHS. “As expectativas positivas acerca do consumo de carne neste primeiro final de semana se confirmaram e, com o ritmo elevado do escoamento dos cortes bovinos das prateleiras, as cotações subiram para os cortes mais nobres”, relata a consultoria.

Giro pelas praças

Nesta sexta-feira, os preços do boi gordo ficaram firmes nas principais praças pecuárias do País, com o registro de novas valorizações em algumas importantes regiões pecuárias. Caso das praças de Goiás, onde a arroba subiu diante da dificuldade dos frigoríficos em comprar a matéria prima. “Os frigoríficos pagaram mais caro para preencher as escalas”, informa a IHS .

Em Cáceres, no Mato Grosso, os poucos reportes de negócios envolveram fêmeas, que tiveram novos reajustes de preços.

Ao norte do País, os patamares elevados praticados na arroba da boiada tem e na escassez de oferta de gado disponível para abate.  Em Paragominas, no Pará, a arroba da vaca se valorizou pela maior vantagem operacional. Em Rondônia, as aquisições de gado para abate também foram feitas a valores mais altos, de acordo com a IHS Markit.

Confira as cotações desta sexta-feira, dia 7 de agosto, segundo dados da IHS Markit:

SP-Noroeste:

boi a R$ 229/@ (prazo)

vaca a R$ 215/@ (prazo)

MS-Dourados:

boi a R$ 217/@ (à vista)

vaca a R$ 205/@ (à vista)

MS-C. Grande:

boi a R$ 219/@ (prazo)

vaca a R$ 207/@  (prazo)

MS-Três Lagoas:

boi a R$ 219/@ (prazo)

vaca a R$ 207/@ (prazo)

MT-Cáceres:

boi a R$ 200/@ (prazo)

vaca a R$ 190@ (prazo)

MT-Tangará:

boi a R$ 202/@ (prazo)

vaca a R$ 191/@ (prazo)

MT-B. Garças:

boi a R$ 204/@ (prazo)

vaca a R$ 195/@ (prazo)

MT-Cuiabá:

boi a R$ 203/@ (à vista)

vaca a R$ 190/@ (à vista)

MT-Colíder:

boi a R$ 195/@ (à vista)

vaca a R$ 185/@ (à vista)

GO-Goiânia:

boi a R$ 222/@ (prazo)

vaca R$ 208/@  (prazo)

GO-Sul:

boi a R$ 221/@ (prazo)

vaca a R$ 209/@ (prazo)

PR-Maringá:

boi a R$ 217/@ (à vista)

vaca a R$ 202/@  (à vista)

MG-Triângulo:

boi a R$ 227/@ (prazo)

vaca a R$ 213/@ (prazo)

MG-B.H.:

boi a R$ 231/@ (prazo)

vaca a R$ 213/@ (prazo)

BA-F. Santana:

boi a R$ 229/@ (à vista)

vaca a R$ 216/@ (à vista)

RS-P.Alegre:

boi a R$ 212/@ (à vista)

vaca a R$ 202/@ (à vista)

RS-Fronteira:

boi a R$ 212/@ (à vista)

vaca a R$ 202/@ (à vista)

PA-Marabá:

boi a R$ 217/@ (prazo)

vaca a R$ 209/@ (prazo)

PA-Redenção:

boi a R$ 214/@ (prazo)

vaca a R$ 207/@ (prazo)

PA-Paragominas:

boi a R$ 211/@ (prazo)

vaca a R$ 204/@ (prazo)

TO-Araguaína:

boi a R$ 217/@ (prazo)

vaca a R$ 204/@ (prazo)

TO-Gurupi:

boi a R$ 216/@ (à vista)

vaca a R$ 203/@ (à vista)

RO-Cacoal:

boi a R$ 203/@ (à vista)

vaca a R$ 193/@ (à vista)

RJ-Campos:

boi a R$ 213/@ (prazo)

vaca a R$ 203/@ (prazo)

MA-Açailândia:

boi a R$ 212/@ (à vista)

vaca a R$ 195/@ (à vista)

(DBO)

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